Espírito de Deus x espírito de Mamon

E, por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos se esfriará, mas o que perseverar até o fim será salvo. Mt 24:12,13

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Na era da tecnologia, do relacionamento virtual, do big brother, redes, do fácil e rápido, do que o errado é o certo, vemos a igreja definhando em sua teologia próspera- liberal medíocre. A teologia que diz que se dá resultado (crescimento de membresia) é bom, e é de “d’us”. Uma igreja sem amor próprio e conseqüentemente sem amor ao próximo. O próximo virou um mero objeto de ordem numérica. O próximo só é próximo se for membro da igreja. O próximo não precisa mais ser alcançado pelo amor de Deus, mas ao contrário, mostramos ao próximo que Deus pode alcançá-lo através de suas GRANDIOSAS bênçãos. Não há arrependimento genuíno e sim uma tentativa de se dar bem na vida, tendo Deus como uma espécie de gênio da lâmpada. “Tudo posso naquele que me fortalece”. Preste atenção no que é pregado: Conquista, vitória, bênçãos sem medidas, prosperidade, honra, visão, gideão, conquista, vitória, bênçãos... e por aí vai. Isso não é evangelho. Jesus não falou nada do que essa teologia contemporânea fala. Jesus tinha toda a glória e aniquilou-se a si mesmo, Jesus cresceu na periferia de Judá, Jesus disse que se você quer ser cabeça seja cauda, que o último será o primeiro, e o menor será o maior, que se você ama o dinheiro não pode amar a Deus. Jesus disse que não era deste mundo. Hoje a igreja quer ser deste mundo, quer tudo deste mundo e parece não querer ir pro céu. O que moveu o coração da Igreja dos primeiros discípulos não foi o dinheiro, ou conquistas e sim o amor a Jesus. Quantos morreram por esse amor.

Jesus nos deixou o Consolador, o Espírito da Verdade, que nos faria lembrar todas as coisas ditas e ensinadas por Jesus. Hoje o Espírito Santo, que deveria ser o ator principal, é um mero figurante no meio de tantos picaretas que tem levado a muitos ao engano. Ele não pode aparecer mais nos cultos, imagina, ele vai abrir os olhos de todo mundo, mostrar o pecado, a justiça e o juízo de Deus, mostrar a simplicidade do evangelho, que é melhor dar do que receber e, com isso, a igreja ficará vazia. É melhor ter uma igreja cheia de pessoas com motivos errados, do que uma igreja com meia dúzia de pecadores arrependidos.

Por isso tantos escândalos no seio da igreja e tantos pseudo-cristãos. A iniqüidade tem tomado conta e poucos tem percebido.

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